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Comitê sobre ebola reunido para discutir possíveis restrições a viagens BR

Foto: PMA/Martin Penner

Comitê sobre ebola reunido para discutir possíveis restrições a viagens

Agência internacional é responsável por aconselhar a Organização Mundial da Saúde sobre recomendações de viagens e de comércio; resultado da reunião deve sair nesta quinta-feira; PMA começa a construir bases logísticas em áreas remotas da África Ocidental.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O Comitê de Emergência para Regulamentação Internacional de Saúde Sobre Ebola está reunido pela terceira vez, nesta quarta-feira em Genebra, para discutir a resposta à doença.

O objetivo é avaliar os últimos desenvolvimentos sobre o vírus e aconselhar a Organização Mundial da Saúde, OMS, sobre a necessidade, ou não, de mudar as atuais restrições de comércio e de viagens.

Resultados

Segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU Farhan Haq, as conclusões da reunião serão divulgadas nesta quinta-feira.

Até o momento, a OMS não fez nenhuma recomendação do tipo. O ebola matou 4877 pessoas, dentre 9936 infectados. Os países mais atingidos são Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Esta semana, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, está enviando por via aérea equipamentos para zonas remotas dos três países. O material será utilizado para a construção de bases logísticas direcionadas à resposta ao surto da doença.

Ajuda

O PMA anunciou ainda que um navio com 7 mil toneladas de arroz chegou a Freetown, em Serra Leoa.

Sobre doações financeiras para a resposta global, o Fundo da ONU já recebeu US$ 50 milhões, mas muito mais é necessário, segundo o secretário-geral.

O dinheiro é utilizado para laboratórios móveis, formação de profissionais de saúde, veículos, helicópteros e equipamentos médicos. Ban Ki-moon agradeceu os governos da Austrália, Colômbia, Venezuela e Coreia do Sul, os últimos países a fazer contribuições para o fundo.

O chefe da Missão da ONU para Resposta de Emergência ao Ebola, Anthony Banbury, já visitou a Guiné e ainda está em viagem aos três países mais afetados.