FAO e União Europeia lançam plano contra desertificação em África
Ao custo de € 41 milhões, programa de quatro anos visa aumentar o manejo sustentável e recuperar terras secas e degradadas; países do Caribe e do Pacífico também serão beneficiados.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A União Europeia e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, estão a lançar um programa para aumentar o manejo sustentável e recuperar terras secas e degradadas em países de África, Caribe e Pacífico.
Ao custo de € 41 milhões, o projeto “Ação Contra Desertificação” terá duração de quatro anos e meio. A FAO acredita que a iniciativa será crucial para o combate à fome, à pobreza e à mudança climática em áreas vulneráveis.
Renda
Mais de 70% das pessoas a viver em terras secas em África, Caribe e Pacífico dependem dos recursos naturais para obter sua renda. Mas a FAO destaca que o crescimento populacional e a mudança climática estão a colocar pressão sobre os ecossistemas, o que aumenta a degradação e desertificação.
Em África, o programa irá apoiar comunidades locais e governos de Burkina Fasso, Etiópia, Gâmbia, Níger, Nigéria e Senegal. Além de ajudar na recuperação de terras secas, serão promovidas atividades agroflorestais e de geração de renda.
Empregos
Outra meta é gerar oportunidades de emprego em áreas rurais, especialmente para jovens e mulheres, baseadas na produção e no marketing de produtos agrícolas e florestais.
No Caribe, o Haiti será o país beneficiado e no Pacífico, o apoio irá para comunidades de Fiji. Segundo a agência da ONU, são duas localidades onde existe degradação do solo e de habitats naturais.
O diretor da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que a “desertificação é um sério desafio, que causa fome, pobreza” e pode estar na raiz de muitos conflitos.
Mas Graziano destaca que iniciativas de sucesso mostraram ser possível reverter os problemas, aumentar a segurança alimentar e melhorar a vida das comunidades.