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Israel fala de “novo Médio Oriente” e cita parceria com nações árabes

Benjamin Netanyahu. Foto: ONU/Amanda Voisard

Israel fala de “novo Médio Oriente” e cita parceria com nações árabes

Na ONU, primeiro-ministro diz que paz pode garantir futuro promissor para israelitas, palestinianos e outros povos da região; Netanyahu aborda ameaças do Isil e de programa nuclear iraniano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse acreditar na possibilidade de avançar com a paz com o apoio dos vizinhos árabes.

Na Assembleia Geral, Netanyahu afirmou que o velho modelo da paz deve ser atualizado. Ele defendeu que esta decisão vai permitir que Israel realize seu total potencial além de trazer um futuro promissor para israelitas, palestinianos e outros povos da região.

Novo Médio Oriente

O representante defende que devem ser tidas em conta novas realidades, papéis e responsabilidades para vizinhos árabes. Ele realçou que há um “novo Médio Oriente” que apresenta novos perigos e oportunidades. O chefe de governo de Israel disse que Telavive, onde está a sede do Governo, está preparada para trabalhar com parceiros árabes e com a comunidade internacional para confrontar os perigos e aproveitar as oportunidades.

Ao citar os desafios para a região, Netanyahu criticou milícias islamitas, apontando que os muçulmanos são uma das principais vítimas.

Armas Nucleares

O chefe do governo israelita considerou necessário reconhecer em conjunto a ameaça global do que chamou de “islão militante”, a primazia de desmantelar a capacidade de armas nucleares do Irão e o que classificou como “papel indispensável dos Estados árabes” para avançar a paz com palestinianos.

Netanyahu lembrou que, no ano passado, o mundo estava preocupado com armas nucleares na Síria e com a possibilidade de que estas caíssem nas mãos de terroristas.

Estados Unidos

Ele elogiou o papel do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,  que disse merecer “grande crédito” pelo que chamou de “liderança diplomática para desmantelar virtualmente todas as capacidades de armas químicas da Síria.”

Netanyahu disse lamentar cada baixa nos civis no conflito em Gaza e defendeu que Israel sinalizava para “evacuar civis em áreas de conflito”.

Ao descrever a ação do que chamou de “islão militante”, mencionou a necessidade de “remover o cancro” do que considera de “credo de fanáticos para impor a sua ideologia fora dos territórios sobre o seu controlo”.