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Aiea afirma que demanda por urânio vai continuar aumentando BR

Relatório Urânio 2014. Imagem: Aiea

Aiea afirma que demanda por urânio vai continuar aumentando

A agência da ONU explica que o aumento na produção mundial foi puxado pelo Cazaquistão, com ajuda do Brasil, da Austrália, da China e ainda de Malauí, Namíbia, Níger, Ucrânia e dos Estados Unidos.

Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova York.

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, afirmou que a demanda mundial por urânio vai continuar aumentando pelo futuro próximo.

O Relatório Urânio 2014, também chamado “Livro Vermelho” citou a queda dos preços de mercado do material desde o acidente na usina nuclear Fukushima Daichi, no Japão, em março de 2011.

Brasil

O documento menciona ainda uma redução do consumo de eletricidade devido à crise econômica global. O urânio é usado como combustível das usinas nucleares em todo o mundo.

A Aiea explica que o aumento na produção foi puxado pelo Cazaquistão, com ajuda do Brasil, da Austrália, da China e ainda de Malauí, Namíbia, Níger, Ucrânia e dos Estados Unidos.

O documento diz que a produção no Brasil vem subindo nos últimos anos, passou de 148 toneladas, em 2010, para 340 toneladas, em 2013.

O “Livro Vermelho” afirma que mais de 20 países produzem urânio em todo o mundo, os principais são Cazaquistão, Canadá e Austrália, que representam aproximadamente 63% da produção global.

Novas Operações

O relatório detectou um aumento no fornecimento, na exploração e na produção do material. Segundo a Aiea, a produção global de urânio continuou em alta entre 2010 e 2012, mas num ritmo menor se comparado com o período prévio de dois anos.

O relatório mostrou que a demanda pelo material levou ao planejamento de novas operações de minas em outros países, como Botsuana, Tanzânia e Zâmbia.

Para minimizar os impactos ambientais e sociais, a Aiea diz que estão sendo implementados esforços para que o desenvolvimento desse processo seja transparente, seguro e muito bem regulado.