Sudão do Sul teve pior ataque desde o acordo para fim das hostilidades
Nações Unidas dizem que ação das forças de oposição ocorreu no domingo na cidade de Nassir, no Alto Nilo; secretário-geral adverte ao líder rebelde sobre consequência de danos às forças de paz e aos civis inocentes.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas disseram que os rebeldes liderados pelo antigo vice-presidente sul-sudanês lançaram, no domingo, o seu primeiro grande ataque desde o novo compromisso de cessação das hostilidades com o governo.
Ainda não foi revelado o número de baixas devido à ação. O pacto entre o Governo e as forças de Riek Machar foi assinado a 10 de junho.
Controlo
O secretário-geral, Ban Ki-moon, disse estar profundamente preocupado com o ataque levado a cabo pelas forças do Splm na oposição, na área do estado do Alto Nilo.
De acordo com agências noticiosas, os rebeldes disseram que teriam tomado a cidade em “autodefesa”, enquanto o governo nega que a cidade esteja sob o controlo.
Para o chefe da ONU, a ação mina o engajamento político regional e internacional em curso com vista à retomada das negociações políticas e a uma resolução pacífica do conflito no Sudão do Sul.
Ofensivas
A Riek Machar, o secretário-geral pediu a cessação imediata de todas as operações ofensivas sobre Nassir e outros pontos. Já ao Governo, Ban instou a desistir do lançamento de uma contra-ofensiva, tendo lembrado às partes das suas obrigações sob o direito internacional humanitário.
Ban advertiu à liderança do Splm na oposição das consequências de quaisquer danos cometidos pelos seus integrantes contra as forças de paz das Nações Unidas ou civis inocentes.
Negociações
A ambas as partes, o secretário-geral exortou ao fim imediato da violência, ao retorno das negociações políticas e que demonstrem vontade política necessária para a busca de uma solução pacífica para o conflito.
Mais de 800 mil deslocados resultaram dos confrontos entre as forças governamentais e rebeldes iniciados em dezembro. Em maio, o presidente Salva Kiir e o líder rebelde Riek Machar reafirmaram o compromisso do cessar-fogo negociado em janeiro por líderes regionais.