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Ban: ataque à ONU e a civis no Sudão do Sul é escalada séria da violência BR

Ban: ataque à ONU e a civis no Sudão do Sul é escalada séria da violência

Chefe da ONU pediu ao governo sul-sudanês que tome medidas imediatas para proteger civis e instalações da organização no país; autores do atentado fingiram ser manifestantes pacíficos e ao entrar no local abriram fogo contra os civis; número de mortos ainda não foi confirmado, mas dezenas ficaram feridas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas condenaram, com veemência, o ataque a civis e a boinas-azuis da organização no Sudão do Sul. O local de Proteção de Civis em Bor, capital do estado de Jonglei.

Em nota, o chefe da ONU, Ban Ki-moon, disse que a ação representa uma “escalada séria da violência”. Ban lembrou a todas as partes do conflito que qualquer ataque às forças de paz das Nações Unidas é inaceitável e representa um crime de guerra.

Petição

Ban expressou pêsames às famílias das vítimas e prometeu apoio aos feridos no atentado. Ele disse ainda que o governo sul-sudanês tem que tomar medidas imediatas para proteger os civis e os trabalhadores da ONU.

Segundo relatos dos funcionários da organização, um grupo de civis armados invadiu a base em Bor alegando que eram manifestantes pacíficos e que queriam entregar uma petição à Missão da ONU no país africano, Unmiss. Ao entrarem no local, abriram fogo contra os sul-sudaneses refugiados da violência no local.

Agressores

O número de mortos e feridos ainda não foi confirmado. A Unmiss disse que irá divulgar a informação assim que tiver certeza dos dados. No momento do ataque, cerca de 5 mil deslocados internos estavam sob a proteção das Nações Unidas no local.

Mas de acordo com a Unmiss, dezenas de pessoas ficaram feridas e foram socorridas na clínica da ONU no local. Dois boinas-azuis também se feriram tentando dispersar os agressores.

A Unmiss informou que está preocupada ainda com os combates iniciados na segunda-feira e uma série de hostilidades que estão ocorrendo no Sudão do Sul.  Por causa dessa nova onda de violência, 12 mil pessoas buscaram refúgio no complexo da missão desde segunda-feira.

*Apresentação: Leda Letra.