Perspectiva Global Reportagens Humanas

Guiné-Bissau participa em encontro de emergência para conter ébola

Guiné-Bissau participa em encontro de emergência para conter ébola

OMS anunciou que doença já matou 467 pessoas na África Ocidental; estudo da agência revela que práticas culturais estão entre os fatores que contribuem para espalhar a doença.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Guiné-Bissau está entre os países participantes numa reunião de emergência de ministros da Saúde para conter o surto de ébola na África Ocidental.

Até o fim de junho, a região registou 759 casos da doença com 467 mortes. A Guiné Conacri, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, é o mais afetado pelo surto com 303 mortes. O país é seguido pela Libéria e pela Serra Leoa.

Prevenção

O encontro iniciado esta segunda-feira na capital ganesa, Acra, também reúne responsáveis de prevenção e controlo de outros 10 países africanos. Agências noticiosas anunciaram que desde março, Bissau toma medidas preventivas.

A febre hemorrágica não tem vacina ou cura e mata até 90% dos infetados pelo ébola. A contaminação acontece após contacto com fluídos corporais de um paciente.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, está à frente do encontro de dois dias. A agência defende que os países deem uma resposta forte à doença, especialmente ao longo das áreas das fronteiras comuns.

Práticas Culturais

Após estudar os casos e a distribuição do surto, a OMS disse que entre os fatores que contribuem para a propagação nas comunidades estão práticas culturais e crenças tradicionais.

A transmissão do ébola ocorre em áreas periurbanas densamente povoadas da cidade de Conacri e da capital liberiana Monróvia. Por outro lado, estão as áreas fronteiriças dos três países onde ocorrem atividades comerciais e sociais.

Pacientes

Os Ministérios da Saúde dos três mais afetados continuam a registar novos casos e mortes atribuídas ao vírus ébola. equipas médicas estão a seguir centenas de pessoas que tiveram contacto com pacientes infetados.

Entretanto, a OMS considera pouco provável que sejam decretadas restrições de viagens .