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Eliasson:“países saindo de conflitos precisam de ajuda política e econômica” BR

Jan Eliasson. Foto: ONU/Evan Schneider

Eliasson:“países saindo de conflitos precisam de ajuda política e econômica”

Vice-secretário-geral da ONU fez a declaração na primeira sessão anual da Comissão da Consolidação da Paz; presidente da Comissão, embaixador Antonio Patriota, disse que os participantes vão examinar assuntos importantes para a construção da paz.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, afirmou que “os países que estão saindo de um conflito precisam desesperadamente de recursos financeiros e de apoio político”.

A declaração foi feita na abertura da primeira sessão anual da Comissão para a Consolidação da Paz, na sede da ONU, em Nova York.

Cicatrizes

Eliasson disse que “os confrontos talvez tenham terminado, mas as cicatrizes deixadas pelo conflito e a desconfiança da população geralmente continuam sendo sentidas”.

Ele declarou ser importante que os países “mantenham ou restaurem a fé do povo na legitimidade do Estado e no caminho pacífico pela frente”.

Desafio

Presidente da Comissão, o embaixador brasileiro junto às Nações Unidas, Antonio Patriota, falou à Rádio ONU sobre o maior desafio enfrentado pelo grupo.

“Talvez o principal teste para a Comissão da Consolidação da Paz é não permitir que um país que sai de um conflito volte a cair numa situação de guerra, de destruição e de violência, como está acontecendo em alguns cenários infelizmente.”

Patriota citou ainda o que deve ser feito pela comunidade internacional.

“O que tem de ser feito é uma combinação de coisas. Quando a situação é muito grave, o conflito degenera em violência inter-religiosa ou política de vários tipos, o Conselho de Segurança toma a dianteira, frequentemente, com a criação de operações de manutenção da paz e com o deslocamento de tropas das Nações Unidas para conter a emergência.”

Depois disso, o embaixador disse que devem ser criadas novas estratégias que produzam resultados positivos nos setores de segurança, desmobilização e desarmamento, mas também na área de desenvolvimento e de sustentabilidade econômica e social.