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Unesco diz que sequestro na Nigéria é violação dos direitos humanos BR

Unesco diz que sequestro na Nigéria é violação dos direitos humanos

Chefe da agência da ONU afirmou que direito universal à educação está sendo contestado em vários lugares; Irina Bokova declarou que esse foi um ataque contra as aspirações das meninas e contra o futuro do país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A chefe da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, classificou como violação inaceitável dos direitos humanos o sequestro das meninas estudantes na Nigéria.

Bokova fez a declaração esta terça-feira em discurso durante a reunião “Educação Global para Todos”, que está sendo realizada em Omã, no Oriente Médio.

Direito Universal

Segundo ela, o “direito universal à educação está sendo contestado em alguns lugares”.

A diretora-geral da Unesco afirmou que a ação realizada por integrantes da milícia Boko Haram representa um ataque contra as aspirações dessas meninas e também contra o futuro do país.

Para Bokova, nenhuma crença pode justificar o sequestro das estudantes. Ela disse que a resposta a um ato extremo como este é clara.

A comunidade internacional não deve desistir nunca de fornecer uma educação de qualidade à cada menina e menino no mundo, como também, de apoiar a educação como um instrumento de dignidade humana e desenvolvimento sustentável.

Bokova declarou que a Unesco está determinada a ajudar o governo nigeriano a “trazer as meninas de volta”. Ela explicou que o caso da Nigéria não é isolado.

Ataques

A agência da ONU tem visto um aumento nos ataques contra escolas, professores e estudantes, especialmente contra meninas.

No relatório da organização de 2011, os especialistas disseram que 50% das crianças que não frequentavam escola, naquela época, viviam em países em conflito.

O documento ajudou a gerar um movimento para proteger as escolas como locais seguros e os direitos humanos para a educação.

No final deste mês a Unesco e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, vão lançar um guia sobre a resolução do Conselho de Segurança a respeito da educação em países em conflito, adotada em julho de 2011.