OIM afirma que migrantes são chave no sucesso de combate à tuberculose
Agência da ONU informou que um terço dos 9 milhões que aualmente contraem a doença não recebe tratamento médico; autoridades afirmam que migrantes correm maior risco por serem marginalizados e não terem acesso aos serviços de saúde.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, alertou que o acesso aos migrantes é a chave para o sucesso na luta global contra a tuberculose.
Um terço dos nove milhões de pessoas que anualmente contraem a doença não participa do sistema de saúde.
Risco
A OIM afirmou que o migrante corre um risco maior de não ser diagnosticado ou de não receber tratamento médico porque, geralmente, é marginalizado pelas sociedades, não tem acesso ao sistema de saúde e também teme o estigma associado à doença.
A agência sublinha que, em muitos países, os migrantes podem ser deportados se forem diagnosticados com tuberculose.
No Dia Mundial da Tuberculose, esta segunda-feira, 24, a OIM pediu à comunidade internacional que tente alcançar os 3 milhões de doentes que não recebem tratamento anualmente.
Migrantes
Segundo o diretor-geral da agência, William Swing, “num mundo cada vez mais móvel, é vital que os migrantes sejam colocados no centro das iniciativas para combater a propagação da tuberculose.”
A OIM declarou que o período de tratamento da doença é de aproximadamente seis meses.
O pouco conhecimento dos refugiados e migrantes sobre os sistemas de saúde dos países onde estão, acaba por levar a uma falta de conscientização do grupo sobre os perigos da demora para receber ajuda médica ou interrupção dos tratamentos.
A OIM destaca que as populações deslocadas devido a crises humanitárias também não têm escolha e devem continuar a mover-se de um lugar para o outro. Com a deslocação interrompem qualquer tipo de tratamento médico.
Segundo a agência, todos os fatores mencionados devem ser levados em consideração no combate à doença.
*Apresentação: Denise Costa.