Na Ucrânia, Ban reitera necessidade de solução diplomática para crise
Em Kiev, Secretário-Geral reafirma apelo para o diálogo entre o país e a Rússia; agências noticiosas anunciaram a assinatura de acordo de aproximação económica entre a União Europeia e a Ucrânia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Na sua visita à capital ucraniana, Kiev, o Secretário-Geral disse que a crise com Moscovo só pode ser resolvida através de soluções diplomáticas pacíficas com base nos princípios da Carta da ONU.
Ban Ki-moon mencionou o respeito pela soberania, a unidade e a integridade territorial da Ucrânia, além da determinação para alcançar a paz e a segurança.
Tensões
Nas declarações a jornalistas, nesta sexta-feira, o chefe da ONU sublinhou a sua profunda preocupação com as tensões entre a Ucrânia e a Rússia ao reiterar o seu apelo para o diálogo.
As declarações foram feitas no dia em que agências de notícias anunciaram a assinatura de um acordo entre a União Europeia e a Ucrânia para o estreitamento dos seus laços económicos.
O antigo presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, abandonou o acordo em novembro. A medida provocou a onda de protestos que culminou com a sua saída do poder e as movimentações da Rússia na Crimeia.
Estabilidade
Em Kiev, Ban Ki-moon teve uma reunião com o presidente em exercício da Ucrânia, Oleksandr Turchynov.
Após a reunião, o Secretário-Geral considerou que a inclusão é necessária para restaurar a estabilidade da Ucrânia. Ban disse estar encorajado com sinais para o efeito, especialmente o desejo de reintroduzir o russo como uma das línguas oficiais do país.
Direitos Humanos
Ban disse que também manteve um encontro com o chefe do grupo da ONU que vai monitorizar os direitos humanos na Ucrânia.
O Secretário-Geral mencionou a deslocação do seu conselheiro especial sobre o tema para a Crimeia, tendo manifestado a expectativa de que o trabalho de Ivan Simonovic seja apoiado por todos.
Ban ressaltou que é vital para respeitar e proteger os direitos humanos de todos especialmente os das minorias.
Eleições
O chefe da ONU disse que as Nações Unidas estão dispostas a prestar assistência ao país nas próximas eleições, para as quais frisou que devem ser transparentes, livres e justas para que os resultados sejam aceites pelos ucranianos.
Durante a deslocação, Ban Ki-moon deve discutir a situação ucraniana com o primeiro-ministro, o ministro interino da Defesa e representantes do Parlamento e da sociedade civil.