Unaids apoia campanha de carnaval “Só a alegria vai contagiar”
Objetivo é distribuir 400 mil preservativos no sambódromo do Rio de Janeiro durante os dias de folia; iniciativa conta também com material educativo sobre doenças sexualmente transmissíveis e de incentivo para que a população faça o teste do HIV.
Damaris Giuliana e Gustavo Barreto, do Rio de Janeiro para a Rádio ONU. *
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids, apoiou o lançamento da campanha de carnaval cujo tema é “Só a alegria vai contagiar”.
Pela iniciativa lançada nesta sexta-feira no sambódromo do Rio de Janeiro, agentes comunitários vão distribuir 400 mil preservativos no local e também material educativo sobre doenças sexualmente transmissíveis, DST.
HIV
Além disso, as autoridades querem também incentivar a população a fazer o teste de HIV.
O coordenador do projeto, professor Márcio Tadeu, falou à Rádio ONU sobre a iniciativa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Universidade Veiga de Almeida, realizada em colaboração com a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a RioTur e organizações não governamentais.
“A campanha não fala só de prevenção à Aids, fala da vida, do cuidado que tem de ter com seu próprio corpo, fala que quando você previne a questão da DST/Aids também está se cuidando, e encaminha as pessoas, faz trabalhos com mulheres, com adolescentes, então é educação em saúde.
No Brasil, calcula-se que mais de 718 mil pessoas entre 15 e 49 anos vivam com HIV e aproximadamente 150 mil não saibam que têm o vírus. O Rio de Janeiro apresenta a segunda maior taxa de mortalidade por Aids no país, logo atrás do Rio Grande do Sul.
Discriminação Zero
Além da campanha de carnaval, este sábado, 1º de março, a ONU marca o Dia Mundial da Discriminação Zero.
O Unaids vai levar para o sambódromo as borboletas coloridas, símbolo dessa iniciativa para inspirar a transformação e que está sendo disseminada principalmente nas mídias sociais, com sucesso em vários países.
O diretor-executivo adjunto do Programa sobre HIV/Aids, Luiz Loures, falou à Rádio ONU sobre a “Discriminação Zero”.
“A discriminação hoje é mais importante do que o vírus. A discriminação é mais forte do que o vírus da aids. Nós sabemos como tratar, nesses 30 anos, nós observamos progressos superimportantes, não existe paralelos na História, progressos científicos, principalmente na área biomédica”.
Loures disse ainda que o Brasil é o melhor país para formar uma liderança global para intensificar a luta contra a discriminação. O diretor do Unaids afirmou que o país tem um histórico de mais tolerância com a diversidade do que outras nações.
*Apresentação: Edgard Júnior com reportagem do Unic-Rio.