Governo e oposição da Síria reconhecem pouco progresso em Genebra
Representante do regime de Bashar al-Assad diz que o outro lado apresentou uma agenda que não é realista; opositores falam em impasse e voltam a defender uma solução política para a crise.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Após mais uma reunião no Palácio das Nações, em Genebra, representantes do governo e da oposição da Síria reconheceram a falta de progressos durante as negociações de paz.
Os encontros são mediados pelo representante da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, com a meta de acabar com três anos de guerra civil, que já causou a morte de mais de 100 mil pessoas.
Na capital suíça, o vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal al-Mekdad, lamentou profundamente a falta de avanços.
Segundo al-Mekdad, o governo participa da conferência Genebra 2 com a intenção de alcançar uma solução política para o conflito. Mas o vice-ministro diz que a oposição apresentou uma agenda que não é realista.
O governo acusa a oposição de querer discutir apenas a possibilidade de um governo de transição, enquanto há outros itens importantes nas negociações, como o fim da violência e a luta contra o terrorismo.
Louay Safi O porta-voz da Coalizão Nacional Síria, grupo que representa a oposição, também fez declarações aos jornalistas em Genebra.
Louay Safi pediu ao regime de Bashar al-Assad que lide seriamente com as negociações e reafirmou que uma solução política é a única maneira de acabar com o sofrimento do povo sírio.
Para o representante da oposição, as discussões em Genebra chegaram a um impasse, porque o lado do governo não tem demonstrado uma resposta adequada na conferência.
É possível que os dois lados, mais o represenante da ONU e da Liga Árabe, voltem a se reunir novamente neste sábado.