ONU deplora morte de funcionário a caminho do trabalho na RD Congo
Episódio ocorreu nesta quarta-feira, em Beni no nordeste; nas semanas passadas forças de paz foram enviadas à área na sequência de protestos após o assassinato de um comandante militar.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na República Democrática do Congo condenou vigorosamente a morte a tiros de um funcionário local da Missão da ONU no país, Monusco.
Em comunicado, Martin Kobler diz que o ataque à vítima, que não foi identificada, ocorreu durante na manhã desta quarta-feira quando esta seguia para o posto de trabalho em Beni, na província nordestina do Kivu Norte.
Inquérito
As autoridades congolesas foram instadas a lançar um inquérito imediato e a prender os autores do ato. Conforme pediu, os responsáveis devem ser levados à justiça o mais rapidamente possível.
Tal como a vizinha Kivu Sul, a província é assolada por confrontos entre as Forças Armadas, rebeldes e grupos sectários.
Comandante
Na segunda-feira, a Monusco enviou tropas adicionais para as áreas de Beni e Lubero. Os locais foram alvos de manifestações após o assassinato de um comandante do exército que trabalhava na área.
Nas últimas semanas, as forças de paz da ONU apoiaram o exército a retomar o controlo de áreas vizinhas que haviam sido tomadas pelos rebeldes ugandeses do grupo ADF-Nalu.
A Monusco é comandada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.