Terrorismo foi o principal tema das discussões sobre a Síria em Genebra
Nesta quinta-feira, ONU, governo e oposição abordaram a situação de segurança; Lakhdar Brahimi afirma que houve “momentos de tensão” e outros mais promissores durante negociações de paz.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A segurança na Síria foi o principal assunto discutido esta quinta-feira entre governo, oposição e o enviado especial da ONU e da Liga Árabe ao país.
Em Genebra, Lakhdar Brahimi confirmou à imprensa que os lados concordaram que existe terrorismo na Síria, sendo um “grave problema” dentro do país. Mas o enviado disse que não houve acordo sobre como lidar com o terrorismo.
Homenagem
Na reunião desta quinta-feira, houve momentos “tensos” e outros mais “promissores”, de acordo com Brahimi. Segundo o enviado, eles fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos civis mortos na guerra. A ideia foi sugerida pela oposição e teve o apoio dos representantes do governo.
Lakhdar Brahimi afirmou estar “muito decepcionado” com a situação em Homs, segundo ele, o primeiro lugar alvo de fortes conflitos e de destruição. O enviado lamentou a destruição de uma igreja construída no ano 57 e de uma mesquita, construída no início do islamismo.
Civis
De acordo com Brahimi, a ONU ainda está negociando com governo e a oposição sobre como ajudar os civis de Homs. Eles ainda não chegaram a um acordo se seria melhor primeiro retirar as famílias da área ou entregar comida e medicamentos.
Nesta quinta-feira, 600 cestas com itens de ajuda conseguiram ser entregues na região, de acordo com o enviado da ONU e da Liga Árabe. A primeira etapa das negociações mediadas por Brahimi termina esta sexta-feira. A expectativa é que governo e oposição voltem a se reunir com o enviado em fevereiro.