Concurso deve decidir que empresas destruirão armas químicas da Síria
Informação foi dada pela chefe da Missão conjunta ONU-Opaq, nesta quarta-feira; segundo Sigrid Kaag, Itália já ofereceu porto para transferência do material.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A coordenadora especial da Missão Conjunta das Nações Unidas e da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, na Síria disse que parte do material químico do país será destruído por empresas comerciais.
Sigrid Kaag falou a jornalistas, nesta quarta-feira, após uma reunião à porta fechada no Conselho de Segurança, em Nova York.
De acordo com Kaag, os agentes químicos de prioridade 2 serão destruídos por empresas que tenham participado de um concurso para a tarefa. Segundo ela, é um processo comercial. Os nomes das empresas ainda não foram anunciados. A chefe da Missão disse que esse concurso deve ocorrer nos próximos dias.
Sigrid Kaag afirmou que a Itália já ofereceu um porto onde será feita a transferência do material.
Próximas Semanas
Kaag contou que o material de prioridade 1 terá como destino um navio dos Estados Unidos, e que será destruído por meio de um processo conhecido como hidrólise.
Nesta terça-feira, a chefe da missão conjunta prestou o seu informe ao Secretário-Geral da ONU sobre os progressos alcançados com vista à remoção e eliminação do programa de armas químicas da Síria.
Ban Ki-moon, saudou os avanços como parte do esforço internacional para eliminar o programa, após a retirada do primeiro lote para águas internacionais. Ban considerou a medida a “mais recente conquista.”
Acesso
Kaag disse que a expectativa é que seja cumprido o prazo de remoção do material até finais de junho, uma medida que disse que recebeu o apoio do Conselho.
Ela disse ainda que esforço sem precedentes destaca o desafio de segurança devido ao potencial de funcionários serem atingidos por fogo direto ou indireto das partes no conflito no acesso aos locais sírios.
Para a primeira movimentação, disse que foram também enfrentados obstáculos como a neve no Oriente Médio que afetou Israel e os territórios palestinos, o Líbano e própria Síria.
O outro aspecto foi uma greve de trabalhadores alfandegários.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.