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OMS entrega mais de 125 toneladas de medicamentos a Aleppo BR

OMS entrega mais de 125 toneladas de medicamentos a Aleppo

Carregamento foi realizado nas últimas duas semanas a áreas controladas por rebeldes e pelo governo; primeiro envio com 26 toneladas, feito em 24 de dezembro, deve atender a 55 mil pessoas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde completou a entrega de mais de 125 toneladas de medicamentos à cidade de Aleppo, na Síria.

Em comunicado, a agência da ONU, informou que os medicamentos foram distribuídos a instalações de saúde nas áreas controladas pelo governo e pelos rebeldes na cidade.

Doenças Crônicas

Os carregamentos, que levaram duas semanas para serem realizados, continham material cirúrgico, remédios contra doenças crônicas e infecciosas, incubadoras, ventiladores e camas para tratamento intensivo.

O primeiro envio de 26 toneladas foi feito em 24 de dezembro ao Hospital de Aleppo. Segundo a OMS, a ajuda deve atender a cerca de 55 mil pacientes.

Já o segundo carregamento com 80 toneladas foi entregue a organizações não-governamentais e autoridades locais além da Sociedade do Crescente Vermelho Sírio. A agência da ONU espera que cerca de 213 mil sírios possam receber tratamento desta forma.

Seviços de Apoio

A situação da saúde na Síria tem piorado desde o início do conflito. Faltam médicos, enfermeiros, remédios e hospitais.

A guerra também destruiu laboratórios levando a um decréscimo da produção de medicamentos de até 70%. Antes do conflito, a Síria produzia quase 90% de todos os remédios consumidos no país.

Somente no ano passado, a OMS e os parceiros da agência levaram suprimentos médicos a 4,6 milhões de sírios, apoiando clínicas de saúde móveis e outros serviços. A ajuda foi distribuída com o apoio de ONGs locais e de outros parceiros do setor.

Ataques a Hospitais

Também em 2013, cerca de 2,5 mil trabalhadores de saúde foram treinados para responder a surtos e ao tratamento de doenças infecciosas, assim como má nutrição, saúde mental, vigilância sanitária e danos provocados por agentes químicos.

Além disso, a OMS montou uma sistema de advertência, alerta e resposta para detectar surtos de diarreia a tempo evitando que a doença se espalhe.

A agência encerrou o comunicado manifestando preocupação com os ataques a instalações médicas, e lembrou que postos de saúde e hospitais não podem ser alvos do conflito de acordo com as leis humanitárias internacionais e as Conveções de Genebra.