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Futebol e música brasileiros adotam iniciativa da ONU BR

Futebol e música brasileiros adotam iniciativa da ONU

Times da primeira divisão do campeonato brasileiro e o cantor Fagner vão participar da campanha “O Valente não é Violento”; projeto das Nações Unidas tem como objetivo o fim da violência contra as mulheres, Brasil é um dos países onde mais se mata mulheres no mundo.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A campanha da ONU “O Valente não é Violento” ganhou apoio de várias equipes da primeira divisão do campeonato brasileiro e do cantor Fagner.

Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Bahia e Atlético Paranaense são os primeiros times a aderir à iniciativa pelo fim da violência contra as mulheres.

Faixa e Vídeo

No próximo fim de semana, pela 38ª rodada do campeonato, as equipes vão entrar em campo com uma faixa com o lema da campanha: “O Valente não é Violento”.

Ao mesmo tempo, vai ser lançado um vídeo oficial da iniciativa em português, que conta com a música “Guerreiro Menino (Um homem também chora), que é uma composição do Gonzaguinha e cantada por Fagner.

Brasil

A Organização Mundial da Saúde, OMS, fez um estudo sobre as mortes de mulheres. Os dados coletados entre 2006 e 2010 mostraram que o Brasil ficou em sétimo lugar numa lista de 84 países que mais registraram assassinatos de mulheres.

Segundo informações do governo brasileiro, a cada cinco minutos uma mulher é agredida e a cada duas horas uma mulher é assassinada no país. Os dados revelam ainda que em mais de 80% desses casos, o responsável pelas agressões ou pelos crimes é o marido, companheiro ou namorado da vítima.

A ideia da ONU com a campanha é mostrar que o homem pode ser valente, forte e corajoso sem ser um agressor.

Segundo a organização, o objetivo da iniciativa “O Valente não é Violento” é estimular a mudança de atitudes e comportamentos machistas, enfatizando a responsabilidade que os homens devem assumir na eliminação da violência contra as mulheres e meninas.

A campanha está sendo lançada neste mês além do Brasil, na Costa Rica, na Nicarágua, no Paraguai e na Venezuela. O projeto começou em novembro em seis países latinoamericanos, entre eles, Argentina, Cuba e Perú.