Unesco condena assassinato de jornalista brasileiro

Diretora-geral pediu investigação sobre crime que aconteceu em 12 de outubro, em Jaru, Rondônia; o gerente da Rádio Meridional Cláudio Moleiro de Souza é o sexto profissional da mídia brasileira morto desde o início do ano.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Irina Bokova, condenou o assassinato do gerente da Rádio Meridional, Cláudio Moleiro de Souza, em Jarú, Rondônia.

Bokova pediu às autoridades brasileiras que não poupem esforços na investigação do caso. Segundo ela, isso é essencial para a preservação da liberdade de imprensa e para a proteção dos direitos dos jornalistas de cumprirem seu trabalho.

Motivo

O gerente da rádio foi assassinado em 12 de outubro quando um homem, não identificado, entrou na emissora e disparou contra o jornalista.

Outro locutor da rádio que estava no local no momento do ataque, Alberto Dutra Durán, também ficou ferido mas não corre risco de morrer.

Segundo as agências de notícias, ainda não se sabe o motivo do atentado mas a polícia já descartou a possibilidade de roubo já que nada foi levado da emissora.

Legado

A gerente de rede da Rádio Meridional, Sueli Martins, falou à Rádio ONU, de Jaru, sobre o legado de Cláudio Moleiro de Souza.

“O que ele deixou pra gente, o legado dele pra nós foi o de uma pessoa correta, de uma pessoa extremamente positiva, uma pessoa de boas ideias, visionária e não tinha preguiça de trabalhar. Ele arregaçava as mangas mesmo. Ele queria ver as coisas acontecendo. Ele era companheiro mesmo de todo mundo.”

A Unesco informou que Cláudio Moleiro de Souza é o sexto profissional da mídia assassinado no Brasil desde o início do ano.