Brasil pode integrar comitê da agência da ONU para refugiados palestinos
Ao encerrar visita ao país, chefe da Unrwa afirmou que pretende estreitar laços e agradeceu as doações brasileiras; agência lançou também um site em português.
O comissário-geral da Agência da ONU de Asssistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, terminou nesta sexta-feira uma visita de cinco dias ao Brasil. No Rio de Janeiro, Filippo Grandi convidou o país a integrar o Comitê Consultivo da Unrwa.
Ele afirmou que existe um grande apoio político do Brasil para as atividades da Unrwa, o que segundo Grandi, é fundamental para contribuições financeiras substanciais e regulares.
Arroz
Para integrar o Comitê Consultivo da Unrwa, o país deve doar mais US$ 6,5 milhões, ou R$ 13 milhões, até o final de 2014. Nações que fazem parte do comitê da agência doam US$ 15 milhões a cada três anos.
Em novembro, o Brasil deve enviar a primeira remessa de 11,5 mil toneladas de arroz que serão doadas aos refugiados palestinos. A maior parte do arroz é do sul do país. Por isso, o chefe da Unrwa teve uma reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro.
Síria
Em Brasília, o chefe da Unrwa encontrou-se com o vice-presidente da República, Michel Temer e outros representantes de governo. Em São Paulo, Grandi participou do lançamento de uma campanha da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira para arrecadar fundos para a agência.
O comissário-geral da Unrwa afirmou que um grande desafio é a crise na Síria, já que 500 mil palestinos estão refugiados no país. Ele citou que muitos civis estão abandonando suas casas e acessar alguns lugais é difícil, pela falta de segurança.
Mais de 5 milhões de refugiados palestinos vivem em várias partes do Oriente Médio, como Líbano, Faixa de Gaza, Síria, Jordânia e Cisjordânia. A Unrwa trabalha para assistir os refugiados nestas regiões.
Grandi também lançou no Brasil o site da Unrwa em português: www.unrwa.org.br
*Apresentação: Leda Letra, com reportagem do Unic Rio.