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Na ONU, ministro brasileiro destaca educação infantil como prioridade BR

Na ONU, ministro brasileiro destaca educação infantil como prioridade

Segundo Aloizio Mercadante, estão sendo construídas 9 mil creches e em 2016, será obrigatória a ida à escola de crianças a partir dos quatro anos de idade; ministro participou de reunião de alto nível sobre educação.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Na sede da ONU, em Nova York, o ministro da Educação do Brasil participou de um encontro de alto nível sobre a Iniciativa Educação em Primeiro Lugar.

O projeto do Secretário-Geral Ban Ki-moon completou um ano e tem como meta garantir educação de qualidade para todas as crianças e jovens do mundo.

Alfabetização

Em entrevista à Rádio ONU, o ministro Aloizio Mercadante afirmou que o país contribui com a iniciativa das Nações Unidas ao colocar o ensino infantil como prioridade de governo.

“Uma criança de uma família letrada, ela tem o vocabulário em média três vezes superior ao de uma família não letrada. Se ela não passa pela creche e pela educação infantil, ela tem mais dificuldades na alfabetização. Por isso nós estamos construindo 9 mil creches e definimos uma nova lei em que todas as crianças com mais de quatro anos de idade deverão ir obrigatoriamente para a escola no Brasil a partir de 2016.”

Segundo Mercadante, o país conta ainda com 50 mil escolas em tempo integral, onde os alunos cumprem uma jornada de sete horas diárias de ensino.

Petróleo

O ministro brasileiro destacou também que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nessa quarta-feira, o Plano Nacional de Educação.

“Prevê aumento de investimentos para 10% do PIB nos próximos 10 anos e 20 grandes metas estratégicas do Estado brasileiro e a avaliação dessas metas. E o mais importante foi, depois daquelas manifestações de rua, finalmente nós conseguimos aprovar 75% de todos os recursos dos royalties do petróleo para a educação. Essa eu acho que foi uma grande conquista.”

Aloizio Mercadante acredita que com isso, serão gerados, nos próximos 30 anos, US$ 200 bilhões para a educação. A quantia equilave a mais de R$ 440 bilhões.