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Cerca de 2 mil famílias colombianas abandonaram produção da coca em 2012

Cerca de 2 mil famílias colombianas abandonaram produção da coca em 2012

Estudo revela que número de agregados baixou de  62,4 mil em 2011 para 60, 6 mil no ano passado; Colômbia está entre os maiores produtores mundiais da planta ao lado da Bolívia e do Peru.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Cerca de 1,8 mil famílias abandonaram o cultivo da coca entre 2011 e 2012, segundo um estudo conjunto realizado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, e o Governo Colombiano.

No ano passado, a produção da matéria-prima para a cocaína caiu em um quarto no que é considerado um dos maiores produtores mundiais ao lado da Bolívia e do Peru.

Menos Lucros

A área cultivada reduziu de 64 mil hectares, em 2011, para 48 mil hectares em 2012. A Unodc indica que é menos lucrativo produzir coca do que no passado, mesmo com um rendimento médio anual de cerca de US$ 1,2 mil por agricultor.

A redução de agregados que cultivam coca foi de 3%, ao baixar de  62,4 mil, em 2011, para 60, 6 mil em 2012.

Derivados

No local de produção, o valor da folha de coca e derivados como pasta de coca e base de cocaína, foi estimado em US$ 370 milhões em 2012, menos US$ 52 milhões em relação ao ano anterior.

O valor equivale a 0,2% do Produto Interno Bruto, PIB, colombiano e 3% do PIB relacionado ao setor agrícola.

Cultivo Ilícito

O governo tenta conter a prática com ações que incluem a destruição manual de campos e a pulverização aérea dos campos de cultivo. Para o representante do Unodc na Colômbia, Bo Mathiasen, o impacto dos esforços é visível.

Entretanto, lembrou resultados de pesquisas de anos anteriores segundo os quais, após a erradicação, muitas vezes ocorre uma retoma do cultivo em áreas novas ou já identificadas.

Resultados

Por isso, o representante defende que a erradicação de culturas, mesmo quando produz resultados positivos, deve ser acompanhada por sistemas alternativos de subsistência.

O objetivo seria melhorar as condições sociais, económicas e ambientais além de conseguir uma redução sustentável das áreas cultivadas.