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Ban pede processo político credível para fim da violência na RD Congo

Ban pede processo político credível para fim da violência na RD Congo

Secretário-Geral quer apoio internacional para ação construtiva e defesa de obrigações dos envolvidos no acordo de paz para o país e para os Grandes Lagos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral defendeu que somente um processo político credível poderá por termo à crise na República Democrática do Congo, RD Congo. Para Ban Ki-moon, a medida pode abordar as causas profundas da violência cíclica na região africana dos Grandes Lagos no seu todo.

A mensagem foi apresentada pela sua enviada especial para a região, Mary Robinson, na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.

Oportunidade

Até esta quinta-feira, o evento reúne, na capital queniana, Nairobi, os signatários do Acordo-Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a RD do Congo e os Grandes Lagos.

Ban Ki-moon considera que o encontro é uma “grande oportunidade” para apoiar o impulso gerado pelo pacto, assinado há seis meses.

Tolerância

O chefe da ONU reiterou o seu apelo aos 11 Estados signatários do documento a respeitar os seus compromissos, incluindo o da não tolerância à assistência ou apoio de qualquer tipo aos grupos armados.

Ban também pediu à comunidade internacional que ajude aos países envolvidos a trabalhar de forma construtiva na defesa das obrigações. A outra necessidade é o contributo em programas para consolidar a paz, “que podem levar à estabilidade e ao desenvolvimento à região.”

Recrutamento

Entre os desafios citados por Ban, estão os relatos da continuação de assassinatos, do recrutamento forçado e da detenção ilegal de civis, incluindo de crianças, por rebeldes do M23 e outros grupos armados.

Ao sublinhar que tais atividades “devem parar imediatamente”, o representante advertiu que não serão tolerados “atos que afetem ou derrubem os esforços da ONU para proteger civis e distribuir ajuda humanitária urgente.”