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Parceria para acabar com a fome em África

Parceria para acabar com a fome em África

FAO, União Africana e Instituto Lula vão unir forças para combater o problema no continente; diretor-geral da agência da ONU afirmou que a decisão deve ser tomada pela sociedade em geral.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, a União Africana e o Instituto Lula vão unir forças para acabar com a fome em África.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que a decisão de acabar com a fome deve ser tomada pela sociedade como um todo, e não por uma única organização ou um único governo.

Reunião

A declaração de Graziano da Silva foi feita nesta segunda-feira, numa reunião com mais de 150 representantes de associações de agricultores, cooperativas, Ongs, movimentos sociais e do setor privado, em Adis Abeba, capital da Etiópia.

O objetivo do encontro é reforçar a importância da participação de todos os setores na luta contra a fome e pedir aos países que se comprometam com a erradicação do problema na África até 2025.

A reunião de alto nível vai agir sobre a disposição política existente na região para transformá-la numa ação coordenada para pôr um fim à fome.

Desafios

O chefe da FAO disse que os desafios para superar o problema em África são enormes. Segundo ele, o continente é a única região do mundo que viu o número de famintos aumentar depois de 1990.

Ao mesmo tempo, Graziano da Silva disse que o continente tem várias histórias de sucesso. Ele citou que 11 países da região se comprometeram a reduzir, pela metade, o número de pessoas com fome antes de 2015, prazo estipulado para o cumprimento das Metas do Milênio.

O diretor-geral da FAO afirmou que aumentar a produção simplesmente não vai ser suficiente para acabar com a fome porque, segundo ele, a principal causa de insegurança alimentar é a falta de acesso aos recursos necessários para o plantio ou para a compra dos produtos.

*Apresentação: Eleutério Guevane.