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Diáspora quer ser chamada de “família africana global”, diz embaixador

Diáspora quer ser chamada de “família africana global”, diz embaixador

Revelação foi feita pelo representante da União Africana na ONU; diplomatas e membros da comunidade de pessoas originárias do continente celebram Jubileu de Ouro da entidade em Nova Iorque.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma parte da diáspora de África pede que seja chamada de “família africana global”, revelou o embaixador da União Africana junto das Nações Unidas.

Téte António falava, à Rádio ONU, em Nova Iorque, à margem de uma série de eventos especiais que, esta quarta-feira, marcaram a celebração dos 50 anos da entidade.

Reconhecimento

“Há quem já não aceita até a palavra ‘diáspora’. Eles querem ouvir falar da família africana global. São a 6ª. região africana, neste momento em que muitos olham para África e eles o fizeram primeiro. A diáspora jogou um grande papel no nascimento do panafricano com os ventos vindos da América com poetas como Langston Hugues, grandes pensadores africanistas como Marcus Garvey, Malcolm X e Martin Luther King. Estes eventos, todos, tiveram grande impacto para a libertação de África, numa contribuição que continua além da que foi dada aos movimentos de libertação e também para o desenvolvimento africano, hoje.”

Como parte da comunidade internacional, a União Africana disse que deve continuar a procurar um maior reconhecimento de entidades continentais no Conselho de Segurança.

No âmbito do Jubileu de Ouro da entidade panafricana, as Nações Unidas acolheram um encontro de diplomatas e um fórum que reuniu tanto os representantes como os residentes do continente no exterior.