Angelina Jolie vai passar Dia dos Refugiados com sírios na Jordânia
País recebeu 540 mil sírios somente no último semestre; ao som de bombardeamentos, atriz visitou áreas próximas do limite do país com a Síria.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A atriz de Hollywood, Angelina Jolie, mantém contactos com sírios na Jordânia, com quem deverá passar o dia de Refugiados assinalado neste 20 de Junho.
Na fronteira do país com a Síria, a enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, foi acompanhada pelo chefe da agência, António Guterres.
Zaatari
Ambos encontraram-se logo após a sua chegada, nesta terça-feira, para a deslocação que deve incluir encontros com representantes do governo jordaniano e refugiados sírios que vivem em várias cidades e no acampamento de Zaatri, o maior que alberga vítimas do conflito.
O Acnur refere que Jolie ouviu relatos do comandante das Forças de Segurança da Fronteira da Jordânia ao som de bombardeamentos nas áreas próximas do limite com a Síria.
Fugas
O conflito sírio forçou cerca de meio milhão de pessoas a fugir do país no ano passado. O Acnur refere que nos últimos seis meses, o número mais do duplicou ao registar 1,6 milhão, com 540 mil na Jordânia.
Jolie disse que o objetivo de sua visita, é “demonstrar apoio aos refugiados da Síria, e apelar ao mundo a resolver a situação grave”. Outra intenção da atriz é que sejam melhor entendidas as necessidades da Jordânia e de outros países da região que sejam mais diretamente afetados pelo conflito.”
Dor e Perda
Após os primeiros contactos, a enviada citou relatos de homens, mulheres e crianças fugidos da Síria, poucas horas antes da sua chegada. As informações incluem histórias de bombas, dor e perda de fugitivos em Homs, Daraa e Quseir, as cidades mais arrasadas pelos confrontos.
A atriz considerou a situação uma das piores crises humanitárias do século 21 no Oriente Médio. Além da grande necessidade de ajuda humanitária, Jolie pediu uma solução política para o conflito.
Para tal exortou o mundo a fazer mais para ajudar os sírios, referindo que a resposta internacional à crise, está aquém da “grande escala da tragédia humana.”
*Apresentação: Denise Costa.