Fundo Africano de Património com menos de um quinto do que precisa
Unesco pede que sejam conciliadas necessidades de conservação e de desenvolvimento do património do continente; danos são causados por factores como conflitos, urbanização e exploração dos recursos naturais.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, disse que o Fundo Africano de Património Mundial dispõe de menos de US$ 5 milhões dos US$ 25 milhões previstos para garantir o seu funcionamento.
A entidade definiu o montante quando foi fundada em 2006, com o objectivo de formar profissionais para a protecção do património do continente e a sua conservação. A falta de financiamentos é tida como limitante para as acções a serem desenvolvidas pelo fundo.
Desenvolvimento
A directora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse que os países africanos não devem escolher entre a conservação e o desenvolvimento do seu património.
Para a responsável, a agência já tem demonstrado que as “sociedades podem e devem contar com ambos com vista a alcançar um desenvolvimento equilibrado, inclusivo e sustentável.”
Uma mesa redonda anual dos ministros do continente abordou o tema na capital cambojana, Phnom Penh. O evento, organizado pelo Fundo do Património Mundial e a Unesco, integra a sessão do Comité da entidade a ter lugar até 27 de Junho.
Cabo Verde
O ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa, esteve entre os oradores que incluíram os seus homólogos da Namíbia, do Chade e o presidente Fundo, Sibusiso Xaba.
As necessidades a serem cobertas pelo Fundo incluem danos causados por conflitos armados, urbanização, exploração dos recursos naturais, mudanças climáticas e ameaças naturais.