Agência da ONU apoia criação de centro de energia renovável no Brasil
Iniciativa foi anunciada em Viena à margem do Fórum de Energia, que está sendo realizada na cidade até esta quinta-feira; encontro reúne 1,5 mil pessoas entre elas, o astronauta brasileiro, Marcos Pontes.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial, Unido, formalizou seu apoio à criação de um centro internacional de energia renovável no Brasil.
O anúncio ocorreu nesta terça-feira em Viena, na Áustria, onde está sendo realizado o Fórum de Energia.
Foz do Iguaçu
A cerimônia contou com a presença do chefe da Unido, Kandeh Yumkella e do diretor da Itaipu Binacional, Jorge Samek. A empresa é considerada a maior do mundo no setor de energia limpa.
O novo centro, batizado de CI-Biogas, será localizado no Parque Tecnológico de Itaipu, na cidade de Foz do Iguaçu, e além do apoio da ONU, terá a cooperação do setor privado. O objetivo da parceria é promover o uso de gás natural como fonte de energia limpa.
Numa palestra separada do lançamento da Biogas, o primeiro astronauta brasileiro falou sobre criação de energia e projetos de sustentabilidade.
Subsídios
Um dos temas do encontro foi a geração de energia para cerca de 1,2 bilhão de pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade no mundo.
Marcos Pontes falou à Rádio ONU, de Viena, sobre o tema.
“É muito grave. É simplesmente inconcebível do ponto de vista humano. E se a gente for olhar para essas comunidades, essas pessoas, a gente verá que eles vivem em condições subhumanas. E isso não é admissível de forma nenhuma. E a gente tem, na verdade, condições de prover esta energia, existem subsídios com relação à energia para comunidades mais pobres. Lógico que esses subsídios não podem durar a vida toda. E com isso, acho que a gente consegue trazer um planeta mais unido de forma geral.”
Marcos Pontes está participando do Fórum de Energia de Viena ao lado de outras 1,5 mil pessoas.
Pontes é embaixador da Unido para o Desenvolvimento Sustentável.
O Fórum de Energia de Viena termina nesta quinta-feira.