Em Londres, ONU reafirma apoio para a reconstrução da Somália
Organização pede voz única e visão comum na 2ª. Conferência sobre o país; comunidade internacional aborda fim de confrontos, violações de direitos humanos e reforma nas finanças do país do Corno de África.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas reafirmaram o seu apoio aos somalis para o que consideram “missão histórica” criada pela possibilidade de reconstrução das vidas dos cidadãos.
O vice-secretário-geral, Ian Eliasson falava, esta terça-feira, em Londres, na 2ª. Conferência sobre a Somália. O encontro visa ajudar o país a conter conflitos e abordar a questão de violações de direitos humanos.
Segurança
A reunião foi liderada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, e representantes da comunidade internacional.
Relativamente à segurança, o vice-secretário-geral disse que são necessárias instituições capazes e responsáveis, tendo defendido o papel crucial da Missão da ONU no país do Corno de África, Amisom.
Ajuda Externa
Eliasson disse que o objetivo continua a ser que os somalis assumam a segurança do país sem ajuda externa, mesmo com a entrada em operação da missão de manutenção da paz das Nações Unidas, a iniciar em Junho.
Após abordar os perigos enfrentados por advogados, juízes e defensores da justiça ou que rejeitem a impunidade, o representante lembrou os ataques contra um tribunal de Mogadíscio e o assassinato do procurador-adjunto no mês passado.
Proteção
No pronunciamento foram encorajados os esforços empreendidos com vista a fazer uma administração responsável das receitas públicas somalis, tendo sido enaltecida a possibilidade de discussão no encontro da reforma do sistema da gestão financeira do país.
A proteção dos direitos dos cidadãos com realce para mulheres e crianças vítimas da guerra e da violência sexual também foram referidos pelo vice-secretário-geral. A ONU prometeu apoiar o Governo Somali no desenvolvimento da proteção e do acesso à justiça para as vítimas.
Eliasson pediu união da comunidade internacional para o apoio à Somália pelo facto de se verificar nos últimos dias uma “assistência internacional descoordenada em todo o mundo.”