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Mais de 40 mil refugiados do Sudão do Sul não têm como voltar à casa

Mais de 40 mil refugiados do Sudão do Sul não têm como voltar à casa

Alerta foi feito pela Organização Internacional para Migrações, OIM, que reclamou da falta de fundos para atender as populações dos acampamentos improvisados em Cartum, capital do vizinho Sudão.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O regresso de mais de 40 mil sul-sudaneses a casa tornou-se um desafio para agências de ajuda humanitária. Em comunicado, lançado nesta terça-feira, a Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que não tem fundos para atender os refugiados.

Segundo a agência, dezenas de milhares de pessoas vivem em abrigos improvisados no arredores da capital sudanesa, Cartum. As condições de água, alimentação, saúde e saneamento são limitadas.

Centros de Transição

Os sul-sudaneses inscreveram-se num programa de repatriamento voluntário após a independência do Sudão do Sul, em julho de 2011. Alguns tentaram voltar para casa, por conta própria, mas não conseguiram e acabaram nos chamados centros de transição.

Ainda esta semana, a OIM deve organizar voos para transportar 700 refugiados em situação frágil.

Capacidade

O porta-voz  da  agência, Jumbe Omari Jumbe, disse que a iniciativa faz parte de uma parceria com a Igreja Africana.

No total, o grupo tem mais de 1,3 mil sul-sudaneses escalados para deixar Cartum para Malakal até o fim deste mês. O transporte aéreo, no entanto, acabou por exceder a capacidade de 10 mil repatriados.

Viagens Diárias

Cada voo terá até 80 passageiros. A OIM pretende fazer duas viagens diárias para atender a demanda.

O objetivo da agência é ajudar cerca de 6 mil pessoas a voltarem para o Sudão do Sul até o fim deste ano.

*Apresentação: Denise Costa.