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Egito quer apoio da Unesco para melhorar setor da educação

Egito quer apoio da Unesco para melhorar setor da educação

Governo revela existência de 18 milhões estudantes e 1,2 milhão de professores; estratégia governamental pretende eliminar analfabetismo em 10 anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Egito pediu o apoio da Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, para melhorar o setor educativo. O país revelou a intenção de eliminar o analfabetismo na próxima década.

O primeiro-ministro egípcio, Hishaam Qandeel, lançou o apelo nesta terça-feira, no fim da visita ao país da diretora-geral da agência, Irina Bokova. Na capital, Cairo, a representante também manteve encontros com os titulares das pastas do Ensino Superior e da Cultura.

Estudantes

O governante disse haver necessidade de devolver ao ensino a sua função original “de educar cidadãos responsáveis”. Dados do governo apontam a existência de 18 milhões estudantes, 1,2 milhão de professores e 700 mil gestores do setor.

O ministro egípcio da Educação, Ibrahim Ghoneim, citou a igualdade social e a formação de professores como pilares fundamentais para a estratégia governamental de alfabetização.

Recursos

Um dos desafios referidos foi o da educação de crianças de rua, no país que recupera dos efeitos das manifestações conhecidas como primavera árabe, que resultaram na queda do regime do antigo presidente Hosni Mubarak.

O chefe do governo egípcio pediu ainda o impulso de capacidades de países ao longo da Bacia do Nilo, com vista a apoiar a cooperação sobre a água e a partilha das melhores práticas na gestão dos recursos hídricos e subterrâneos.

Cooperação

A ideia é aumentar a capacidade institucional dos institutos existentes nos países da bacia do Nilo, além de melhorar a cooperação regional através de pesquisas e redes.

O primeiro-ministro também expressou a sua preocupação com a preservação do património cultural nos territórios palestinos, tendo ressaltado os apoios internacionais para os esforços de preservação.

Na série de contactos mantidos no país, Irina Bokova recordou o nascimento do conceito de Património Mundial no Egito, e disse que o melhor exemplo é o valor universal dos monumentos da Núbia.