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Sobe para 12 o número de mortos pelas chuvas em Moçambique

Sobe para 12 o número de mortos pelas chuvas em Moçambique

Governo diz que 14 mil pessoas foram afetadas; na capital moçambicana, mau tempo matou quatro crianças e destruiu 380 casas; quatro crianças morreram arrastadas pela água quando regressavam da escola.

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.

As fortes chuvas, que caem em Moçambique, provocaram até o momento 12 mortos e afetaram mais de 14 mil pessoas nas três regiões do país.

Os dados foram divulgados pelas autoridades do país.

Províncias

Falando aos jornalistas, a porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, Rita Almeida, apresentou o novo balanço de mortes registadas nas províncias de Manica, Zambézia e em Maputo.

“Temos dois óbitos: um em Macossa e outro em Milange. Na cidade de Maputo, os últimos dados que tivemos são quatro óbitos. Nos próximos dias, se continuar a chover teremos que prestar maior atenção no baixo Zambeze, portanto, estamos a falar dos distritos de Caia, Marromeu e Mutarara. Teremos que prestar atenção à Bacia do Save, concretamente no distrito de Guvuro. Teremos que prestar também maior atenção às cidades: Maputo, Xai-Xai, Maxixe, tal como tínhamos previsto no Plano de Contingência”.

 Vala de Drenagem

As autoridades moçambicanas indicam que as quatro crianças que morreram em Maputo foram arrastadas pelas águas da vala de drenagem, quando regressavam da escola. Na capital moçambicana, as chuvas destruíram 380 casas.

Segundo Rita Almeida, na província de Manica, no centro, cerca de 12 mil famílias foram atingidas pelas chuvas.

“Temos na província de Inhambane 775 pessoas afetadas, na Zambézia 1914 pessoas, em Manica 11580 pessoas e na província de Sofala 95, portanto, num total de 14364 pessoas”

Alerta Laranja

Desde sexta-feira, vigora o alerta laranja em todo o país, que visa incrementar as medidas de prontidão nas áreas consideradas críticas. O governo destacou várias equipas, incluindo militares, para acudir a situação.

As agências das Nações Unidas em Moçambique garantem estar a monitorar a situação.

Perto de mil famílias estão albergadas nos centros de acomodação espalhados pelo país.