Conselho de Segurança quer rápido envio de força militar ao Mali
Após reunião à porta fechada, órgão apela o estabelecimento de um roteiro de acordo político; encontro seguiu-se à tomada da cidade de Konna, situada a nordeste da capital maliana, Bamako; governo e rebeldes devem se reunir dia 21.
Eleutério Guevane, da Radio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança apelou para uma rápida implantação da missão Internacional de Apoio ao Mali, Afisma, a ser liderada pela União Africana.
A informação consta de um comunicado, emitido após uma reunião à porta fechada, realizada esta quinta-feira. O encontro seguiu-se à tomada da cidade de Konna, situada a 700 km a nordeste da capital maliana, Bamako.
Negociações
Os 15 países-membros do órgão pediram a emissão imediata de um roteiro de acordo político, que inclui negociações com não-extremistas malianos no norte e pressões para a plena restauração da governabilidade democrática.
Ao aprovar a Afisma, em Dezembro passado, o Conselho autorizou a implantação da força militar internacional por um período inicial de um ano incumbida de contribuir para reconstruir as Forças de Defesa e Segurança malianas.
Extremistas
Com 3 mil homens a missão deve apoiar as autoridades do Mali a “recuperar áreas do norte que estão sob o controlo de extremistas, terroristas e grupos armados além de reduzir a ameaça representada por grupos terroristas”.
Entre outras tarefas, a Afisma também deve ajudar as autoridades a proteger a população, criar um ambiente seguro para a distribuição de assistência humanitária além do retorno dos deslocados internos e refugiados.
Preocupação
Os membros do Conselho expressam também a sua profunda preocupação com relatos de movimentações militares, ataques de grupos terroristas e extremistas no norte do país.
Para o órgão, a “grave deterioração da situação ameaça ainda mais a estabilidade e integridade do Mali e constitui uma ameaça direta para a paz e segurança internacionais.”
Assistência
Aos Estados-membros da ONU, o Conselho de Segurança reiterou o seu apelo para o apoio resolução da crise no Mali na prestação de assistência para reduzir a ameaça de organizações terroristas e grupos associados.
Por outro lado, o representante especial do Secretário-Geral para a África Ocidental, Said Djinnit, disse continuar os seus esforços para apoiar as conversações políticas no Mali.
Conversações
Segundo as Nações Unidas o Governo e os rebeldes têm agendadas conversações de paz para a capital de Burkina Faso, Ouagadougou, no próximo dia 21.
O representante destacou a necessidade do estabelecimento de um diálogo nacional inclusivo e do desenvolvimento de um roteiro para a transição no país da África Ocidental.