Ban Ki-moon aponta crise Sahel como foco de tensões este ano

Secretário-Geral aponta fatores que incluem seca, fome e tráfico de drogas; Timor-Leste elogiado por “progresso ao sair da fragilidade e alcançar estabilidade.”

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque. *

O Secretário-Geral da ONU citou a crise no Sahel como um dos focos de tensões a nível global. Ban Ki-moon disse que nove países e 20 milhões de pessoas sofrem com a crise de seca, fome, fraca governação, tráfico de drogas e terrorismo.

Ban apontou a situação no Mali como “especialmente urgente”, e defendeu ser “necessário ajudar a restaurar a democracia.”

Violência

A urgência de uma solução para região africana foi referida por Ban Ki-moon, ao lado da crise síria. O dirigente disse que os conflitos testaram mais uma vez a obrigação das Nações Unidas de interromper a violência e consolidar a paz.

Ban Ki-moon afirmou que a Síria “começou o ano em conflito e termina 2012 em guerra.”  O Secretário-Geral manifesta-se preocupado com o aumento da militarização no país, e disse planear uma conferência internacional de doadores, em 2013, para garantir a ajuda humanitária aos civis.

Ano Tumultuado

Ao lado da crise síria o país foi apontado como motivação do “ano tumultuado” que está a chegar ao fim. Ban Ki-moon também recordou tensões no leste da República Democrática do Congo e no Médio Oriente.

Os conflitos recentes entre Gaza e Israel também foram destacados pelo Secretário-Geral, que considera que “o processo de paz no Médio Oriente está congelado.” Ban ressaltou ainda processos de transição democrática na Líbia, Mianmar, Somália, Iémen e Egito.

Entre os acontecimentos positivos do ano, Ban Ki-moon citou o Timor-Leste, que se despede no fim do mês da missão de paz da ONU.

Para Ban, a saída da Unmit do país é um sinal do progresso que o Timor fez de sair da fragilidade e alcançar estabilidade.

*Apresentação: Eleutério Guevane.