Perspectiva Global Reportagens Humanas

Com apoio da OMS, Brasil lança portal de combate ao uso do álcool BR

Com apoio da OMS, Brasil lança portal de combate ao uso do álcool

País foi um dos quatro escolhidos para o lançamento da iniciativa; segundo agência da ONU, 2,5 milhões morrem por ano no mundo por conta dos efeitos nocivos das bebidas alcoólicas.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Brasil lançou o portal Informálcool, com dados sobre os perigos do abuso do álcool e como combater o problema, que mata 2,5 milhões por ano em todo o mundo.

O país é um dos quatro escolhidos para o projeto da Organização Mundial da Saúde, OMS, ao lado da Índia, México e Belarus.

Beber Menos

O site traz informações para profissionais da saúde e público em geral, como familiares e pacientes que sofrem com o alcoolismo. O usuário pode até fazer um teste e conhecer os riscos envolvidos na sua maneira de beber.

A pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo e coordenadora da iniciativa no Brasil, Maria Lúcia Formigoni, explicou à Rádio ONU, de São Paulo, que o portal traz uma ajuda especial aos dependentes da bebida.

“Caindo na faixa de uso de risco, a pessoa será convidada a participar deste programa pela internet, que é o programa Beber Menos. O que nós pretendemos é aumentar a consciência da pessoa a respeito do seu uso de álcool. Ela será convidada a fazer uma monitorização do seu uso, a pensar a respeito das situações de risco ao fazer um uso abusivo do álcool. E é feita uma proposta de uma meta de redução ou de parar completamente o consumo de álcool.”

Custos

Maria Lúcia Formigoni lembra que até pessoas que bebem eventualmente podem colocar a sua vida e a de outras em risco, como por exemplo, ao dirigir sob efeito do álcool. Segundo a pesquisadora da Unifesp, 12% da população adulta mundial chega à dependência.

A OMS destaca o crescimento de pesquisas sobre auto-ajuda online para dependentes do álcool, que pode ser tão eficaz quanto terapias tradicionais, além de ter custos vantajosos. O projeto nos quatro países foi financiado pelo governo da Holanda.