Apoios para adaptação de agricultores moçambicanos às mudanças climáticas
Fida disponibilizou US$ 4,9 milhões para iniciativas agrícolas em províncias; projeto contempla áreas da horticultura irrigada, produção de mandioca e de carne vermelha.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A aprovação de um projeto para produtores em Moçambique foi destacada pelo Fundo Internacional para a Agricultura, Fida. A agência disponibilizou US$ 4,9 milhões para a adaptação dos pequenos agricultores às mudanças climáticas nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo no sul.
Nas regiões onde a pobreza rural é considerada “particularmente elevada”, o Fida defende uma abordagem orientada a resultados. O montante é parte de uma iniciativa de US$ 45 milhões que também são financiados pela Espanha e pelo Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Capital.
Resistência
O projeto, com a sigla Prosul, apoia o aumento da resistência nas áreas da horticultura irrigada e a produção da mandioca e da carne vermelha.
Os locais abrangidos têm solo árido e semi-árido e exigem “uma série de intervenções para proteger cadeias de valor rurais dos efeitos adversos da estiagem e da seca.”
Componentes
A instalação de infraestrutura robusta, a gestão eficiente de água, a melhoria da rede de estações meteorológicas locais e o reforço da capacidade das organizações de agricultores locais são também componentes do projeto.
O Fida indica a ocorrência de mais perdas e de danos devido a condições meteorológicas extremas, acompanhados pelo aumento de secas, inundações e tempestades tropicais difíceis de prever.
O resultado “tem sido a perda de colheitas e a morte do gado que têm um impacto sobre a economia e o aumento dos preços alimentares.” Tais factores são tidos como ameaça à segurança alimentar, “principalmente na África subsaariana e na Ásia.”