Em Angola, ONU promete ações para acabar com desigualdade de género
Organização indica haver um longo o caminho a percorrer para a emancipação total da mulher; pelo menos seis em cada 10 adultos vivendo com o HIV no continente africano são mulheres.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas em Angola consideraram haver um longo caminho a percorrer com vista à emancipação total das mulheres.
A coordenadora residente da organização no país, Maria Ribeiro do Valle, prometeu continuar a trabalhar para eliminar as desigualdades de género e todas as formas de injustiça social e económica contra mulheres e raparigas africanas.
Cargos de Decisão
As declarações foram feitas num encontro de mulheres em cargos de decisão realizado recentemente, em Luanda, para discutir formas de fazer frente à violência de género no país e o combate ao vírus que pode provocar a Sida.
O evento, ocorrido na Assembleia Nacional angolana, juntou governantes, parlamentares, membros de Ongs e representantes do público. Um outro propósito foi subscrever à “Chamada para a Ação de Harare”, assinada na capital zimbabueana em Maio deste ano.
Saúde Sexual
O documento é uma ação concertada com vista à saúde das mulheres do continente, com foco específico sobre a saúde sexual e reprodutiva e para os seus direitos no contexto do HIV.
Mais de seis em cada 10 dos adultos vivendo com o vírus no continente são mulheres, aponta o Programa Conjunto da ONU para o combate ao HIV/Sida, Onusida.
A agência indica que na África Subsaariana, as jovens com idades entre 15 e 24 anos são até oito vezes mais propensas a viver com o HIV em relação aos homens.