Agências reagem à morte de terceiro trabalhador humanitário no Paquistão
Muhammad Ishaq foi morto a tiros, em Karachi, na sexta-feira à noite; ele actuava na campanha de erradicação da poliomielite no país.
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Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A morte de um trabalhador comunitário no Paquistão foi condenada, esta segunda-feira, pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef.
Em comunicado conjunto, as duas agências declararam-se “profundamente tristes” com a morte de Muhammad Ishaq, alvejado a tiros na sexta-feira à noite, em Gadap, na cidade de Karachi.
Erradicação
A vítima participava da campanha de erradicação da poliomielite no Paquistão, que há vários meses tem imunizado crianças contra a doença.
No princípio da semana passada, a vacinação foi suspensa quando dois membros da OMS, que trabalhavam na campanha também foram baleados.
Perda
As duas agências da ONU afirmaram que Mohammed Ishaq era um trabalhador dedicado, e enviaram pêsames à família pela “trágica perda.”
A doença continua endémica no Paquistão, Afeganistão e Nigéria.
Apesar do incidente, a OMS e o Unicef afirmaram que a campanha de imunização deve continuar no Paquistão.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa e causada por um vírus que pode levar à paralisia permanente em apenas algumas horas. A infecção não tem cura mas pode ser evitada com vacinação.
*Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.