Acnur saúda resgate de mais de 60 migrantes no sul do Mar Adriático
Barco foi salvo, nesta segunda-feira, após dois dias à deriva; ocupantes incluíam cidadãos somalis, egípcios, sírios e afegãos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O resgate de 65 migrantes que seguiam numa embarcação em direção à Europa através do Mar Adriático foi saudado, esta terça-feira, pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.
Em nota, a agência destaca a ação “rápida e eficaz” da guarda costeira da Croácia que abordou o barco, nesta segunda-feira. Na noite anterior, os primeiros sinais do grupo foram detetados ao largo da ilha croata de Mljet.
Nacionalidades
O Acnur cita relatos indicando que a Grécia teria sido o ponto de partida do grupo, composto de homens de 12 nacionalidades - incluindo somalis, egípcios, sírios e afegãos.
A Guarda Costeira croata distribuiu comida, água e suprimentos médicos aos ocupantes, além de rebocar a embarcação como medida de segurança para o porto de Dubrovnik Gruz, onde estão temporariamente alojados.
Recorde
Dados da agência indicam que o ano passado registou o recorde do número de chegadas na Europa através do Mediterrâneo. Mais de 58 mil pessoas fizeram trajeto e outras 1,5 mil morreram ou desapareceram.
As autoridades pediram assistência humanitária e médica à Cruz Vermelha para passageiros que carecem de ajuda urgente. Cobertores e outros itens básicos de ajuda também estão a ser disponibilizados.
O Mediterrâneo é tido como um dos mais movimentados trajetos migratórios para a Europa através da Grécia, da Itália e da ilha de Malta.