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Unsmis atribui responsabilidades do conflito na Síria às partes

Unsmis atribui responsabilidades do conflito na Síria às partes

Chefe da Missão da ONU no país realça que  violência tem intensificando nos últimos 10 dias com perdas de ambas as partes; assessores de Ban Ki-moon “seriamente alarmados” com os relatos de assassinatos.

[caption id="attachment_217438" align="alignleft" width="350" caption="Robert Mood"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O chefe da Missão de Supervisão da ONU na Síria, Unsmis, responsabilizou os dois lados do conflito pelo que chamou “crescente derramamento de sangue” no país.

As declarações de Robert Mood foram feitas, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa, em Genebra. O general realçou que a violência tem intensificando nos últimos 10 dias, com perdas de ambas as partes, além de riscos significativos para os monitores.”

Perigo

O chefe dos observadores indicou que o aumento da violência cria impedimentos à supervisão, que é parte do plano internacional de paz para por fim à crise.

A ONU estima que mais de 10 mil pessoas, a maioria civis, já morreram no país desde o início dos protestos de opositores do governo do presidente Bashar al-Assad, há mais de um ano.

Assassinatos

O pronunciamento surge um dia depois de conselheiros do Secretário-Geral da ONU se terem manifestado “seriamente alarmados” com os relatos de “assassinatos em massa generalizados” devido aos ataques na Síria.

Trata-se dos assessores especiais do Secretário-Geral sobre a Prevenção do Genocídio, Francis Deng, e do conselheiro sobre a Responsabilidade de Proteger, Edward Luck.

Bairros

Ambos observam que os ataques envolvem uma série de bombardeamentos com artilharia e tanques do governo em áreas residenciais, bem como alegados ataques a civis e infraestruturas.

O documento aponta que operações teriam sido levadas a cabo por uma milícia pró-governamental e outros grupos armados, no que os conselheiros indicam que podem constituir crimes contra a humanidade.

Também nesta quinta-feira, observadores das Nações Unidas, tiveram o primeiro contacto com a cidade de al-Hafeh, após terem sido impedidos de entrar, durante vários dias, devido à violência.