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Kofi Annan diz que mundo não deve permitir “mortes em massa” na Síria

Kofi Annan diz que mundo não deve permitir “mortes em massa” na Síria

Discursando esta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria confirmou a morte de dezenas em massacre em al-Qubeir.

[caption id="attachment_214107" align="alignleft" width="350" caption="Kofi Annan"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, disse que dezenas de civis foram massacrados, esta quarta-feira, a oeste da província de Hama.

Annan falava, esta quinta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, sobre a situação do país. Agências de notícias apontam para pelo menos 78 mortes ocorridas no vilarejo sírio.

Mulheres e Crianças

O enviado revelou que o novo massacre de civis, incluindo mulheres e crianças, foi perpetrado na quarta-feira em al-Qubeir, a oeste da província de Hama. Após prestar homenagem às vítimas e às suas famílias, Annan lembrou que a ação ocorre duas semanas após o massacre de Houla ter chocado o mundo.

Desde o início de protestos contra o presidente Bashar al-Assad, em Março do ano passado, a ONU estima que cerca de 10 mil pessoas, a maioria civis, já morreram e dezenas de milhares foram deslocadas. Os confrontos envolvem forças da oposição e do governo.

Monitores

Nesta quinta-feira, a missão de observação da ONU na Síria, Unsmis, anunciou que monitores estavam a ser impedidos de verificar as denúncias sobre o massacre.

Annan indicou que os responsáveis devem prestar contas, reiterando que “não se deve permitir que mortes em massa façam parte do dia-a-dia na Síria.”

Violência

Para o enviado, o plano plano de paz de seis pontos por sí proposto para a Síria não está a ser implementado. A proposta pede o fim da violência, o acesso das agências humanitárias para ajuda aos necessitados e a libertação dos detidos.

Kofi Annan destacou que apesar do dever de todas as partes em cessar a violência, aresponsabilidade final da situação cabia às autoridades.