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África lusófona “é lição importante para o Brasil”, diz vice-ministro BR

África lusófona “é lição importante para o Brasil”, diz vice-ministro

Rômulo Paes de Sousa, do Ministério de Desenvolvimento Social, disse que nações de língua portuguesa no continente têm tido avanços muito grandes e capacidade de superar desafios.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Cooperação Sul-Sul entre os países de língua portuguesa na África deve ser reforçada ainda mais. Esta é a opinião do vice-ministro do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes de Sousa.

Segundo ele, os avanços alcançados pelas nações lusófonas são uma grande lição para o Brasil. Nesta entrevista à Rádio ONU, durante sua participação numa conferência preparatória da Rio + 20, em Nova York, Rômulo Paes de Sousa falou sobre a relação de cooperação e desenvolvimento do Brasil com os países africanos.

Estabilidade Política

“É importante sobretudo para os países africanos de língua portuguesa. Eles têm tido avanços muito grandes. Os países têm experimentado um desenvolvimento recente. Superado conflitos históricos e, agora num clima de paz e estabilidade política têm conseguido produzir avanços muito grandes. Nós estamos interessadíssimos nestas experiências. Esta criatividade, esta capacidade de superar desafios, de se recuperar ou de reinventar, a partir de novos contextos, é uma lição importante para nós. Então, a África continua ajudando o Brasil e o Brasil deve muito a África. Estamos prontos para aprofundar nossa cooperação e de trabalharmos juntos mais uma vez”, afirmou.

Universidade

Alguns exemplos da cooperação brasileira com a África lusófona são a construção de uma fábrica de medicamentos antiretrovirais em Moçambique e o funcionamento de um campus da Universidade Aberta, em Maputo, capital do país.

Numa nota separada, ao comentar o futuro de toda a África, o secretário-executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas, Abdoulie Janneh, afirmou que para que o continente se torne um pólo de desenvolvimento global é preciso “que os países africanos tomem ações calibradas para responder aos desafios domésticos, econômicos e globais”.