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OIT usa mídia social para ouvir jovens falarem sobre desemprego BR

OIT usa mídia social para ouvir jovens falarem sobre desemprego

Opiniões foram compiladas em um relatório, lançado nesta segunda-feira, em parceria com o Departamento Econômico e Social da ONU; em 2009, mundo tinha mais de 75 milhões de desempregados entre 15 e 24 anos.

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova York.*

A preocupação de jovens com o desemprego mundial é o tema de um relatório, divulgado nesta segunda-feira, pelas Nações Unidas.

Os jovens foram ouvidos através de canais de mídias sociais como o Twitter e o Facebook. A pesquisa foi compilada pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, e pelo Departamento Ecônomico e Social, Desa.

Investimento

O relatório, “Emprego de Jovens: Perspectivas da Juventude na Busca de Trabalho Decente em Tempos de Mudança”, revela que os jovens em todo o mundo estão preocupados com a falta de oportunidades de trabalho e pedem um aumento do investimento no setor.

Segundo o documento, com a crise econômica, a taxa de desemprego global entre a juventude  atingiu um recorde histórico em 2009 com 75,8 milhões de jovens sem trabalho. No ano passado, a taxa de desemprego juvenil era de 12,6%, contra 4,8% entre adultos.

Dos jovens empregados, 24% vivem com menos de US$ 1,25 por dia, o que representa um grupo de 152 milhões de pessoas.

Economia Informal

O especialista da OIT, Sergio Quesada, falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre a situação do emprego entre jovens no Brasil e na África.

“Temos o Brasil, onde a situação é muito melhor do que no resto da América Latina. Mas, em geral, em África vemos que a taxa de desemprego dos jovens não são muito altas, o impacto da crise não é muito grande para esses países, eles tentam entrar na economia informal.”

O relatório da ONU sobre jovens e emprego foi baseado em pesquisas de quatro semanas e mais de mil entrevistas.

Os pesquisados discutiram ainda questões relacionadas ao desemprego como discriminação racial e de gênero e a demora para se casarem, por causa da falta de trabalho fixo.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.