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Estudo identifica consenso global sobre intervenções para reduzir mortes materna, neonatal e infantil

Estudo identifica consenso global sobre intervenções para reduzir mortes materna, neonatal e infantil

Pesquisa conjunta de três anos foi realizada pela OMS, Universidade Aga Khan e a Parceria para Saúde Materna, Neonatal e Infantil; Investigação visa orientar decisores políticos a definerem prioridades de canalização de recursos no domínio da Saúde.

[caption id="attachment_208961" align="alignleft" width="350" caption="OMS: reduzir mortes materna, neonatal e infantil"]

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo

Uma pesquisa médica lançada, nesta quinta-feira, refere ter sido encontrado um novo consenso global sobre as intervenções necessárias para reduzir drasticamente as mortes materna, neonatal e infantil.

A pesquisa permitirá diminuir a morte de 358 mil mulheres durante a gravidez e o parto, por ano, e a de 7,6 milhões de crianças antes dos 5 anos.

Prioridades

O estudo foi realizado nos últimos três anos pela Organização Mundial da Saúde, OMS, Universidade Aga Khan e a Parceria para Saúde Materna, Neonatal e Infantil.

Segundo a directora do Departamento Materno, Neonatal e Infantil da OMS,  Elizabeth Mason, "este é um documento de orientação”, para que os decisores políticos definam prioridades de canalização de recursos no domínio da Saúde.

De acordo com Zulfiqar Bhutta, da Universidade Aga Khan, a investigação “contribuirá para reduzir as mortes entre as mães, recém-nascidos e crianças e vai ajudar na canalização de fundos directos e recursos para uma acção concertada com base nas melhores informações”.

Alguns Progressos

Por seu turno, o director da Parceria para Saúde Materna, Neonatal e Infantil, Carole Presern, considerou os resultados da pesquisa de “um momento histórico para o avanço da saúde das mulheres e crianças”.

Os resultados da investigação referem que as mortes materno-infantis ainda são um problema em várias partes do mundo, apesar de se terem registado alguns progressos.

Devido ao problema, a África Subsaariana e Ásia do Sul, que têm as mais altas taxas de mortalidade materna e infantil, poderá não alcançar, até 2015, as Metas números 4 e 5 dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que visam reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.