Projeto da ONU no nordeste brasileiro ajuda a eliminar a mosca da fruta
Ação em parceria com Agência Internacional de Energia Atômica e a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO, ocorre na Bahia e em Pernambuco.
[caption id="attachment_207673" align="alignleft" width="350" caption="Mosca era obstáculo à exportação"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
Uma parceria do Brasil com duas agências da ONU está ajudando a eliminar a praga da mosca da fruta de duas regiões do nordeste.
O projeto, que funciona nas cidades de Juazeiro e Petrolina, tem a participação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea.
Grande Impulso
Pela iniciativa que aplica a chamada técnica do inseto estéril, aplicada aos insetos machos, as moscas não têm como se reproduzir. O especialista Rui Cardoso Pereira, que dirige a parceria da Aiea com a FAO, e visitou o nordeste para acompanhar os trabalhos, falou à Rádio ONU, de Viena, sobre a iniciativa.
“Este projeto foi iniciado devido ao grande impulso que a fruticultura teve na região, no interior do estado da Bahia e de Pernambuco, junto a Juazeiro e a Petrolina. A manga produzida nesta região representa 92% da exportação de manga do Brasil, que é o alvo do projeto. E o projeto tem como objetivo criar uma área de baixa prevalência de mosca do Mediterrâneo para que com isso haja uma baixa aplicação ou nula aplicação de inseticidas e com isso atingir os mercados dos Estados Unidos, Japão e Europa”, disse.
Dados do governo indicam que a região do pólo Petrolina/Juazeiro produz 92% das mangas do país.
A mosca da fruta era um dos grandes obstáculos à exportação. Com a ajuda da técnica foi retomada também a venda para o exterior da uva de mesa e da uva usada na produção de vinho, para Estados Unidos, Japão e Europa.
*Apresentação: Eduardo Costa Mendonça.