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Feiras de saúde para conter avanço de doenças crónicas em Moçambique

Feiras de saúde para conter avanço de doenças crónicas em Moçambique

Em entrevista à Rádio ONU, Ministro da Saúde fala da aposta como alternativa para prevenir grandes investimentos na prevenção de doenças como diabetes, doenças cardíacas e cancro.

[caption id="attachment_204923" align="alignleft" width="350" caption="Alexandre Manguele é ministro da saúde de Moçambique; ele discursou sobre doenças crónicas na ONU esta segunda-feira"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique quer investir em feiras de saúde para combater doenças crónicas, disse, esta segunda-feira, o titular da pasta no país, Alexandre Manguele.

A OMS defende que juntas, enfermidades como a diabetes, cancros, doenças cardíacas e respiratórias crónicas matam, anualmente, cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo.

Movimento Social

Falando à Rádio ONU, à margem da sessão da Assembleia Geral das Nações

Unidas sobre Doenças Crónicas Não Transmissíveis, Manguele considerou prioritário transformar os esforços de combate num “amplo movimento social.”

“Nós temos estado a fazer, semestralmente, feiras de saúde onde são divulgadas estas informações capazes de ajudar a prevenir estas doenças e onde são feitos testes a quem deseje saber do seu estado e têm sido muito concorridas. Julgamos sem que, com isto, estaremos a dar um grande contributo sem que, necessariamente, signifique grandes investimentos para o combate a estas doenças”, disse.

Assunto Fechado

O governante moçambicano disse haver necessidade de reverter o cenário actual, no qual  doenças crónicas são o que considerou “assunto fechado nas instituições de saúde”.

A Assembleia Geral aprovou uma Declaração Política sobre a Prevenção e Controlo de Doenças Não Transmissíveis. Pela primeira vez, líderes mundiais chegaram a um consenso na Assembleia Geral sobre acções concretas para combater as enfermidades.

Os países concordaram na necessidade de definir metas globais para controlar as doenças, bem como os factores de risco como tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e uso nocivo do álcool.