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Empresas doam US$ 2 milhões para combater trabalho infantil em campos de cacau

Empresas doam US$ 2 milhões para combater trabalho infantil em campos de cacau

OIT considera que Gana e Cote d’Ivoire têm um grande número de menores  envolvidos em tarefas agrícolas que as impedem de frequentar a escola.

[caption id="attachment_204594" align="alignleft" width="350" caption="Foto: OIT "]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma nova parceria de companhias de cacau vai doar US$ 2 milhões para combater o trabalho infantil em comunidades  produtoras do Gana e da Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.

A iniciativa, apoiada pela Organização Internacional do Trabalho, envolve oito empresas que operam no ramo. Ambos os países respondem por  60 % do cacau produzido em todo o mundo.

Abastecimento

A agência diz que a medida visa reforçar o combate ao que considera uma das “piores formas de trabalho infantil na cadeia de abastecimento de cacau na África Ocidental.”

A intervenção da OIT, para  erradicar o trabalho infantil no setor, foi intensificada  com a assinatura do Protocolo Harkin-Engel, em 2001.

Pobreza

O Gana e a Cote d’Ivoire têm um grande número de campos, onde crianças realizam tarefas agrícolas ao invés de frequentar a escola, refere a OIT. Entre as várias causas do fenómeno estão a pobreza das famílias e o acesso limitado à educação.

Espera-se que o montante, a ser usado durante os próximos quatro anos, seja aplicado no reforço da capacidade dos governos, parceiros sociais e os agricultores para combater “as piores formas de trabalho infantil no cacau nas comunidades onde se verifica o aumento do fenómeno.”