ONU ‘alarmada’ com relatos de violações dos direitos humanos na Líbia
Milhares estariam desaparecidos após terem sido presos ou levados cativos por forças de segurança do coronel líbio Muammar Kadafi ainda no início do conflito ou antes mesmo dos combates com rebeldes.
[caption id="attachment_203977" align="alignleft" width="350" caption="Conselho de Direitos Humanos da ONU discutindo investigações sobre violações dos direitos humanos na Líbia em junho deste ano"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU informou estar “alarmado” com relatos sobre atrocidades e violações de direitos humanos na Líbia.
O país está em conflito, desde o início do ano, entre forças do governo e rebeldes que lutam contra o regime do coronel Muammar Kadafi.
Família
Há mais de uma semana, os rebeldes entraram na capital Trípoli festejando a tomada de controle da cidade.
Segundo agências de notícias, quatro membros da família de Kadafi, incluindo a esposa, teriam fugido para a Argélia, nesta segunda-feira.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU, milhares de pessoas estão desaparecidas na Líbia. Muitas delas teriam sido presas e outras levadas cativas logo no início dos confrontos, ou até mesmo antes do conflito começar.
O Alto Comissariado informou ainda que não há mandados de prisão expedidos contra a família de Kadafi que fugiu do país.
A ONU recebeu relatos, que ainda não puderam ser confirmados, de que simpatizantes de Muammar Kadafi teriam sido mortos por grupos rebeldes.
Integrantes da oposição dizem que até 50 mil pessoas estariam desaparecidas na Líbia. Uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas para o país irá apurar as informações.
*Apresentação: Luisa Leme, da Rádio ONU em Nova York.