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Erradicação de mosca da fruta aumenta exportações da Guatemala BR

Erradicação de mosca da fruta aumenta exportações da Guatemala

Agência Internacional de Energia Atômica, em colaboração com a Organização para Agricultura e Alimentação, criou tecnologia para diminuir o inseto no país; projeto dobrou lucros obtidos com a exportação de tomates, pimentões e mamão.

[caption id="attachment_203444" align="alignleft" width="350" caption="Inseto desaparece após alguns anos"]

Leda Letra & Yara Costa, da Rádio ONU em Nova York.*

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, e a  Organização para Agricultura e Alimentação, FAO, lançaram uma aplicação para erradicar a população de moscas da fruta da Guatemala.

A tecnologia do inseto estéril ajudou a diminuir os casos e com isso, as exportações de tomate, pimentão e mamão mais que dobraram nos últimos quatro anos.

A Aiea lembra que a mosca da fruta causa grandes danos ao mercado agrícola, já que os insetos se alimentam da polpa das frutas e vegetais.

Técnica Radioativa

A técnica consiste na criação de grandes quantidades da mosca da fruta, mas que se tornam estéreis por meio de um tipo de radiação. Os insetos estéreis machos são então lançados nos campos agrícolas, onde acasalam com as moscas que já estavam nas plantações. Como os insetos não geram prole, após alguns anos, a peste desaparece.

Segundo a Aiea, enquanto na última década as exportações de café, banana e cana de açúcar caíram na Guatemala, as vendas de tomate quadruplicaram entre 2007 e 2010, alcançando a marca de US$ 10 milhões ou quase R$ 16 milhões. Já os valores obtidos com a exportação do pimentão triplicaram e a exportação do mamão dobrou.

Ranking

Os aumentos levaram a Guatemala ao primeiro lugar no ranking de fornecedores desses produtos na América Central, tendo os Estados Unidos como principal destino.

A técnica também ajudou a criar centenas de empregos rurais, principalmente na área de controle de pestes, embalo e transporte de mercadorias.

O processo precisa ser aplicado durante oito a 10 anos consecutivos para funcionar corretamente. As agências da ONU pretendem manter o projeto na Guatemala até 2012.

*Apresentação: Leda Letra.