Conselho de Segurança condena violência política na Síria
Em declaração presidencial, aprovada por unanimidade, as autoridades sírias são instadas a respeitar os direitos humanos, o Direito Internacional e a responsabilizar os autores da violência.
[caption id="attachment_202492" align="alignleft" width="350" caption="Declaração foi feita na tarde de quarta-feira"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança manifestou, esta quarta-feira, “graves preocupações com a deterioração da situação na Síria”. Na declaração presidencial, aprovada por unanimidade, o órgão indica “lástima profunda” pela morte de centenas de pessoas devido à violência no país.
Após dois meses de discussões, uma proposta do Reino Unido condenou as violações generalizadas dos direitos humanos e o uso da força contra civis, por parte das autoridades sírias.
Mortes
Segundo agências de notícias, pelo menos 85 pessoas teriam morrido na cidade de Hama num ataque militar no domingo.
Reagindo à declaração presidencial do Conselho de Segurança, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, disse que a mensagem do órgão era clara quanto à necessidade de maior acção para conter a violência .
De acordo com Ban, o mundo vem assistindo à deterioração da violência com grande preocupação, tendo considerado os eventos dos últimos dias brutalmente chocantes.
Fim da Violência
O documento pede o fim imediato de todos os tipos de violência e insta às partes a agir com moderação máxima abstendo-se de represálias, incluindo os atentados contra as instituições do Estado.
Os 15 países-membros também apelaram às autoridades sírias a respeitar plenamente os direitos humanos e o direito internacional, responsabilizando os autores da violência.
Situação humanitária
O pedido às autoridades sírias inclui o alívio da situação humanitária em zonas de crise “cessando o uso da força contra cidades afetadas, para permitir a rápida e sem entraves das agências internacionais e trabalhadores humanitários.”
A necessidade de cooperação da Síria com o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos é igualmente apontada no documento.
O órgão pede ao Secretário-Geral que faça uma actualização sobre a situação na Síria, num encontro do órgão a ser realizado nos próximos sete dias.